Pluto

sexta-feira, 28 de março de 2008

Coisas estranhas

Hoje é sexta-feira, a semana acabou em grande estilo. Fui pra natação direto da escola, cheguei, fui pro Chacrinha fazer trabalho (e só me ocorreu na hora a hipótese de uma picada de mosquito da dengue) depois fui pro Rio Sul e gastar meu dinheiro com comida. Meu dinheiro entenda-se 7 reais.

Nessa semana louca, aconteceram mil coisas. Um pseudo-assalto, muita risada, muita besteira e dois diálogos em particular que foram curiosos. Um pela situação esquisita que me coloquei; na outra, pelo ridículo mesmo XD

1ª situação -
Lá estava eu, na segunda, indo na papelaria em frente à minha casa para comprar um envelope de carta. Minha amig de Petrópolis me cobra uma carta desde que vim embora de lá e até então não tinha feito um movimento para atender se pedido. Tá, a carta já tava feita, só precisava comprar o resto.

Bom, primeiro que eu neeem sabia que dava pra comprar envelope individual, eu achava que só podia ser um pacote com 4687687 cartas que custavam mil reais.
Aí o resto foi assim:
Eu: Oi, eu queria um envelope de carta.
Atendente: Normal?
*pensamento: não, anormal*
Resposta: Ahã.
Atendente: 10 centavos.
Eu: paga no caixa mesmo?
Ele: Sim.

Vou pro caixa. Falo:
-10 centavos.
Dono da papelaria: Nossa, que caro. Não quer pagar em cheque não?
Eu: huahua, não, brigado.

*Dou o dinheiro*

Ele: quer selo, também?
Essa foi a revelação chocante. Falei com tom de espanto:
MEU DEUS, precisa de selo?!

Ele: É, ué, pra enviar a carta você precisa de selo *tom de: que tipo de retardado é você?*
Eu: ah, tá, eu pensei que além do correio, você tem que... *não sabe mais do que tá falando*
Ele: não, se você comprar o selo aqui, é só chegar no correio direto e entregar, não precisa pagar mais nada.
Eu: AHH tá, vou querer então. Quanto tá?
Ele: 60 centavos. É só você colocar e depois ir naquela caixa ali na calçada *aponta para a rua* e botar a carta, é recolhida todo dia.
meu pensamento: MEU DEUS, ENTÃO É PRA ISSO QUE SERVE ESSE TROÇO.

Vou embora, indignado, pensando como os tempos mudaram. Fiquei rindo da minha alienação e pensando comigo mesmo que carta hoje em dia, nem charme tem.

**

O segundo diálogo foi uma coisa extremamente ridícula, e foi ontem (quinta).
Voltei da escola e passei pelo metrô, pra atravessar naquele sinal absurdamente demorado da barata ribeiro.
Por sorte, cheguei pouco antes de ele abrir para nós pedestres, então esperei pouco. Nesse meio tempo, porém, fiquei distraído ouvindo música.

*obs. importante: eu definitivamente não me dou bem com insetos. Sempre que sinto alguma coisa em mim, já procuro logo espantar por precaução, nunca se sabe.*

Dessa vez não foi diferente. Senti na minha mão um inseto, aí fui espantá-lo. É um bichinho que sempre vejo em Petrópolis, meio preto e frenético. Espantei e nesse exato momento, o sinal abriu para mim.
Uma senhora bem vestida, de uns 60 anos mais ou menos, chegou pra mim, desesperada, falando:
AI MEU DEUS, ESSE INSETO POUSOU EM VOCÊ TAMBÉM?
Eu: pouso..
ELE TE PICOU?
Eu: não..
AI MEU DEUS, SERÁ QUE É O MOSQUITO DA DENGUE??
Eu: Ah, "moça", não sei.

Só sei que ela falou de uma maneira tá apavorada que até EU fiquei com medo de que o mosquito que estava mais pra uma borboleta tivesse me passado a doença da moda.

Tem cada gente na rua que você nem imagina..

2 Comentários:

  • Adorei o primeiro diálogo! Cartas hoje em dia são tão desvalorizadas, porque hoje em dia temos teclas, não dedos hahahas
    beijos

    Por Blogger Rafaela Marinho, Às 30 de março de 2008 às 16:46  

  • Sobre a primeira situação: cartas são MUITO MAIS charmosas! E cartões postais são perfeitos. Hoje recebi um de uma amiga que resolveu esnobar e viajou pra Nairóbi, no Quênia. Maravilhoso!!!

    Sobre a segunda situação: aquela senhora só teve aquela reação porque ela e todos nós estamos sendo bombardeados pelo terrorismo midiático que a mídia - sempre ela - tem promovido. Houve o tempo em que ninguém devia ir às ruas porque haveria bondes de ladrões armados até os dentes. Praticamente instauraram o toque de recolher nesta cidade. Agora é o mosquito. Cuidado: olha o mosquito. Bu!

    Por Blogger Faber, Às 30 de março de 2008 às 20:33  

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