Pluto

quinta-feira, 3 de abril de 2008

O eterno conflito Cidade x Campo

Acho que não combino com o campo.

Hoje à noite - aora há pouco, para dizer a verdade - estávamos eu, minha mãe e minha irmã conversando sobre isso. A útima falando que adoraria viver no meio do mato. Que adora cheiro de esterco de vaca.
Eu pensando: 'iurgh.'
Eu e minha mãe, na verdade.

Eu e ela concordamos ao dizer que tentamos. Juro que tentei.

Morar no campo, longe da civilização (mesmo), ao som dos pássaros, na privacidade de um sítio, lareira nos dias frios, piscina e rio nos dias quentes, ô, parece uma maravilha falando assim.
E é.
Mas todo dia?? Dez anos no total, como no meu caso? No way!

Não mais, pelo menos. Gosto muito de morar pertinho da praia (ainda que eu não seja um frequentador assíduo), de ter uma excelente locadora em frente ao meu prédio, o Zona Sul pertinho, a farmácia, a escola, meus amigos, enfim.

É ruim por um lado, pois limita demais esse 'meu' universo. Mas é confortável.

Acreditem, barulhinho de grilo atrapalha pra dormir.
E as saracuras são insuportáveis, minha vontade é dar um tiro nelas, caso essas pseudo-galinhas não corresem mais rápido que um não sei quê.
E sem falar nos insetos mais absurdos no seu quarto.

E o que eu acho engraçado é que alguns íntimos meu falam que ter a casa em Petrópolis é bom, porque caso eu vire um escritor, redator, ou qualquer coisa do tipo (e não que eu queira ser alguma coisa do tipo) a vantagem é que eu posso ter paz e sossego para trabalhar.
E quem disse que o mato é inspirador?!
Sou mais sentar numa pracinha e ver os tipos mais absurdos!

Mania de achar que artista vive em topo de montanha.

E o pior de tudo é que eu vou pra Petrópolis pra ir ao dentista, basicamente. Dá pra encontrar meu pai e amigos, mas o motivo é esse.
Mas sabe..
apesar das reclamações e críticas, não há nada melhor do que fugir da cidade às vezes.
Poder descansar e sentir num sítio, o consolo ideal.
É um privilégio, e sei que só vou sentir falta dos bichos estranhos na minha janela quando raramente puder estar lá pra ver.

Mas sabe o que eu acho?
Quando se está feliz, você aproveita sua vida de forma única, seja dormindo ao som de buzinas nervosas ou acordando ao som de saracuras.
Né?

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