Pluto

domingo, 8 de junho de 2008

The last stage


E eis que meu blog está chegando ao final.


Nunca ficou perfeitamente da maneira que quis, e não gosto tanto de manter ligações com o passado; ele assistiu início de namoro, final do mesmo, mudanças de quarto, mudanças de pensamento, ideologias, mudanças de séries escolares, mudanças de amigos.


Para essa etapa final, vou selecionar dois textos que escrevi e colocá-los aqui, em duas postagens distintas.


São pessoais, nada de pregação política, ironias, nada muito profundo. A superficialidade que às vezes é tão fundamental e tão mais importante do que sensos críticos ou preocupação exacerbada com o mundo.


Escrevi há algum tempo, quando a ajuda da terapia e minha vontade própria tiveram um efeito conjunto e consegui me tornar um pouco mais claro e calmo. Está com erro de concordância, feio esteticamente, mas refletia o que sentia no exato minuto em que escrevi.
"Rio de Janeiro, 3 de abril. 16:03
É bem engraçado como as coisas acontecem. Parece ainda que foi ontem o dia em que parei de reclamar do insuportável cotidiano, das amizades vazias e raivosas, dos amores platônicos e das paixões obsessivas.
Cada um desses adjetivos negativos afundavam-me ainda mais nessa tristeza inabalável. E que motivos me levavam a tamanha degradação? Os fúteis! E quando não fúteis, inexistentes. Os medos foram muitos, com certeza; tive inclusive medo do medo e medo de ser feliz; sem falar no medo de me enquadrar na categoria daqueles que são infelizes se não tiverem do que reclamar. Os patéticos.
Não gosto de me ater ao passado; parece antiquado e fora de moda, ou até reducionista, mas a lógica é simples: o que passou, passou. Não vale à pena o saudosismo, a lamentação nem aqueles outros estados de espírito que os idosos adoram externar. No último dos casos, uma pequena.. nostalgia.
Sabe, somos todos imperfeitos e errôneos, é besteira ficarmos nos culpando por termos feito algo errado numa época em que bem, se soubéssemos das conseqüências, não teríamos feito. É uma verdade simples, porém certa.
E o presente.. ah, o presente!!! Como é bom sentir o minuto passado tão maravilhoso quanto o de agora, e o seguinte, e o depois, e o próximo, e o subsequente..."


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