Pluto

sexta-feira, 4 de abril de 2008

~A beleza do mundo

Acho que minha cabeça é um turbilhão de pensamentos. Não sei como não piro.

Penso em tantas coisas, principalmente quando ouço músicas tristes e sentimentais, que aí mesmo reflito sobre bastante coisa.

O sentimento materno é um dos mais bonitos, mas.. até que ponto ele não é falho ou então protetor demais? Há um meio termo?
Björk fez uma música linda para a filha, falando que do alto dos corredores, ela enviava amor; agradecia a filha por ser capaz de enviar amor também. Pede desculpas por talvez tê-la libertado cedo demais, nova demais, rápido demais. Mas que apesar desses erros, as intenções foram puras.
É cortante, essa música.

Alanis e Antony fizeram, ambos, música para seus irmãos. Torcem para que consigam realizar todos seus desejos, que talvez consigam o que querem. A primeira fala que talvez ele nunca tenha ou segure uma criança; tenha ou seja um marido; e que irá aprender a perder tudo, somos arranjos temporários. O segundo, fala da desimportância das lembranças, os rostos que nunca veremos, os medos. Começa falando como nasceram inocentes e cheios de necessidades, como foram amigos e tempos em que ele foi tão cruel. Agradece por ela tê-lo protegido, olhado-o enquanto dormia, com medo da noite.

Strokes já fala de como as pessoas nunca vão nos entender, nossas namoradas, nossos netos; num extremo, fala que odeia todos, odeia ele mesmo por odiar todo mundo, bebe para esquecer isso, ama todos, bebe mais um pouquinho e odeia todos mais ainda do que odiava antes.

Como todos os artistas que citei são maduros, com exceção dos Strokes, creio que é por esse motivo que esses últimos tenham essa visão meio.. "adolescente rebelde". Odeio tudo e todos.
Mas quem nunca se sentiu assim?
E uma de suas músicas mais bonitas (cuja letra, inclusive, preencheu o "about me" do meu profile) fala de como duas pessoas podem ser completas sem o resto do mundo. Uma geração inteira que não tem nada a dizer.. (quer prova mais viva do que a minha geração?)

Às vezes a gente precisa de músicas assim pra lembrar que família tem sua importância, mais afetiva do que qualquer outra coisa. À medida que a gente vai amadurecendo, vai deixando de lado essa ligação sentimental que é uma das coisas mais bonitas que existe. E também lembrar que podemos ser felizes com quem está conosco, e só. O mundo tem muito de bom a oferecer, mas muito de podre, também..

Two can be complete without the rest of the world
Do it for the people who have died for your sake
An entire generation who got nothing to say.

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