Pluto

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Na Natureza Selvagem



E eis que é lançado em dvd um dos filmes mais tristes e bonitos dos últimos meses.

Sinceramente, pensei em mil coisas para falar sobre ele. Detalhes sobre a produção, sobre o elenco, sobre o enredo, sobre as metáforas belíssimas, sobre todo seu signficado. Basta dizer que é dirigido pelo Sean Penn, a trilha sonora é toda de autoria do Eddie Vedder (líder do Pearl Jam) e o filme roda basicamente em torno da pessoa real que é interpretada pelo não tão menos fantástico Emile Hirsch (que todos podem ver como o Speed, em Speed Racer; um dos melhores atores da geração).

Supertramp (nome que Chris adota durante seu itinerário) é o jovem bonito, rico e inteligente que cansa de sua família e da sociedade para ir isolar-se no Alasca, após muitas paradas ao meio do caminho.

O filme dispensa comentários, é uma experiência única assisti-lo, principalmente se já estiver sensível no dia. Acredito que todos temos um pouco de Supetramp em nosso interior. A vontade inexprimível de sair dessa sociedade doentia em que vivemos, sermos o que somos em nossa essência, sem influência de nada. Sermos, no sentido mais exato da palavra, livres.

Se alguém for ver, preste atenção nas frases que Chris comenta ao longo do filme. Parafraseadas de muitos autores conhecidos, o jovem do filme expõe muito de sua própria impressão do mundo, mencionando algumas sentenças inesquecíveis. Extremamente recomendado.

terça-feira, 27 de maio de 2008


TÁ CHEGANDO!!!

segunda-feira, 26 de maio de 2008

"Vestuibular vem aí!"

A hipocrisia das pessoas a minha volta é uma coisa absurda.


Eu e meus amigos vivemos constantemente sobre muitas pressões. Pressões a respeito do próprio auto-conhecimento, psicológicas, emocionais, alguns até físicas, pressões amorosas, culturais, sociais, blablablá.

Mas talvez um das maiores é a pressão quanto a ingressão à Universidade, a uma boa Universidade, de preferência federal, ou estadual, e pública.

A pressão do Vestibular.


Acredito que isso é a coisa mais ridícula que a sociedade pode impor.
Primeiramente, qualquer tipo de pressão que a sociedade impõe já é extremamente patético, as pessoas esquecem que o nosso coletivo acaba quando o individual entra em jogo, e os adultos de hoje não sabem o que os jovens de hoje passam. O que mais escutamos é "ah, porque hoje o mercado de trabalho está cada vez mais complicado, menor, restrito", que é preciso fazer isso ou aquilo.

Alguns vêm com a fórmula infalível para a perfeita carreira profissional. Você deve acabar o Ensino Médio e sair um tempo em intercâmbio. Você deve fazer cursinho. Você deve prestar concurso público. Você deve mudar de escola.

O que me irrita mais ainda é o cinismo que permeia todos a nossa volta. É satisfatório falar para o vizinho "Nossa, meu filho passou para a UFRJ em 5º lugar em Medicina", numa conversa casual de elevador. Isso vem depois do "Bom dia" e do "Nossa, o tempo está estranho recentemente, não é?"

Ou ligar para um primo bem distante e, oops, soltar essa novidade. Que orgulho do meu filho!

Como se isso fosse garantia de algo.
Como se isso representasse a felicidade de quem prestou o vestibular, e não de quem pode gabar-se por ter um filho que passou "folgadamente" para uma boa faculdade.

Isso sem comentar as histórias absurdas de quem se preparou para a tão temida prova. Anos de estudo. Dezenas de horas diárias. Vida pessoal e social sacrificada.

Realmente vale à pena?

Acredito que sim, nas certas circunstâncias.

Mas o que não perdôo é a falsidade, hipocrisia, inescrupulosidade de quem julga por quem entrou em qual Universidade.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Vive la liberté de la presse!

Já não é de hoje, percebi que possuo mais comentários quando faço uma postagem política ou polêmica, não quando falo de algo íntimo.
Hmm.. curioso.

Seguindo, então, o que o povo prefere, vou fazer aquilo que gosto mais do que expor as minhas opiniões próprias: expor as alheias, e deixá-los indignados por discordarem completamente, ou reconfortados por verem que alguém com uma voz ativa mais importante compartilha de um mesmo pensamento.

Até porque, a minha opinião não é nada. Acho que mais vale não só deixá-los à par do que outros colunistas falam (e conhecer novas mentalidades) mas também sacar como anda as ideologias atualmente.

Vou colocar alguns trechos que me chamaram atenção na revista Veja, feita pelo Reinaldo Azevedo (orgulho desta revista e ódio de algumas outras). Já é a segunda vez que faço uma postagem tendo ele como tema, então não é algo novo.

Mas aviso que não concordo inteiramente com a opinião dele, antes que me tachem pejorativamente como um burguês elitista, mas poderia ousar e dizer que concordo em grande maioria. Porque particualarmente, já perdi a paciência com essa droga de caso Isabella e com essa porcaria de dengue.

É interessante por ser uma coluna um tanto metalingüística, já que ele fala basicamente sobre a Mídia. É mais legal ainda ver como ele fala sobre aquilo que a revista para a qual ele escreve é julgada como: manipuladora, elitista, direitista..

Selecionei algumas partes.

"O caso Isabella virou metáfora. Em certos círculos, as notícias sobre o assassinato bárbaro da menina tornaram-se símbolo dos 'exageros' cometidos pela 'mídia' - empregam essa palavra em vez de 'imprensa'. Veremos porquê. Não por acaso, os críticos mais severos contam-se entre os esquerdistas em geral e os petistas em particular.
[...]
Sim, metáfora. As críticas ao trabalho da imprensa no caso Isabella carregam, não raro, o rancor e a má-fé dos que pretendem tratar a República como assunto privado, ao abrigo da curiosidade do 'povo', visto como um bando de linchadores, e do escrutínio da opinião pública. Não me espanta esse viés demofóbico da esquerda, essa repulsa ao populacho. Para ela, povo bom é aquele organizado nos ditos 'movimentos sociais', a aristocracia militante dos 'sem-isso-e-sem-aquilo'. Já essa gente sem causa, que cobra justiça nas ruas, o vulgo, merece é chicote. Compreende-se que a demofobia esquerdista tenha resultado, na história, em 'democídio' – se me permitem o neologismo.
[...]
Pobre povo! Se, dadas as informações, estivesse impedido de fazer certas deduções, mal conseguiria botar o nariz fora da porta sem ser atropelado. Precisamos atravessar a rua e vemos um carro a distância. O cérebro executa operações que cumprirão algumas leis da física, sejamos ou não colhidos pelo veículo. Mas não ocorre a ninguém declarar a rua território exclusivo dos físicos. E isso não implica dispensar o conhecimento especializado para distinguir o fato das falsas evidências. Seja na cobertura da morte de Isabella, seja na apuração dos desmandos dos petralhas, a imprensa cumpre o seu papel: informar.
[...]
A crítica ao comportamento do jornalismo no caso do infanticídio trai a repulsa a um dos aspectos mais virtuosos da democracia: a liberdade de informação. E só por isso, diga-se, emprega-se "mídia", um termo que já virou um fetiche, em vez de "imprensa". A palavra, do inglês "media", ganhou notoriedade nos anos 60. Mundo ocidental afora, os "revolucionários" das universidades resolveram desconstruir os "mass media", os "meios de comunicação de massa", entendidos como severos monstros da dominação ideológica, a serviço, claro, do hediondo capitalismo e da banalização das verdades superiores da humanidade. Para os maoístas de Paris ou para os pós-marxistas de Frankfurt – passando pela ditadura soviética –, a "media" era a expressão da falsa consciência, manipulando as massas e afastando-as de seus reais desígnios. Quais desígnios? Se os esquerdistas descobriram, mantiveram a coisa em sigilo. Ninguém sabe até hoje. Nota: cumpre lembrar que só os comunistas dos países livres se dedicaram à tarefa de desconstruir a "mídia". Os comunistas dos países comunistas estavam empenhados em censurá-la.
[...]
Dada a impossibilidade, o poder e seus esbirros recorrem, então, à intimidação, apontando supostas contradições entre o interesse público e os interesses "da mídia", que passa a ser demonizada como um antro de conspiradores. Fingem querer uma imprensa melhor. O que eles querem é imprensa nenhuma. Que Isabella, sem metáfora, descanse em paz, livre de qualquer exploração oportunista, com seus assassinos na cadeia. A punição de homicidas e ladrões faz do mundo um lugar melhor. E faz de nós homens melhores. Porque estaremos dizendo a nós mesmos: "Somos diferentes deles". E nós somos.

Quanto aos exageros da liberdade de imprensa, vamos coibi-los. Com mais liberdade de imprensa."

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Conclusões

Bom, ontem e hoje foram dias importantes e curiosos, senão empolgantes.
Fiz as pazes com uma antiga amiga - reconheci um erro, e espero muito que as coisas possam voltar a ser como eram antes.

Concluí que o mundo é um lugar muito, muito, muito pequeno.

Não fui bem nas provas, o que me leva a crer que não estudei o bastante.. fiquei um pouco decepcionado comigo mesmo, senti que ainda não pude dar o máximo de mim. E o tempo corre, preciso me empenhar mais.

Fiquei feliz que o Faber fez um blog só para falar de coisas mais sérias.

Tenho estado um pouco mais calmo, mais centrado e tudo tem-se alterado aos poucos. De músicas à amizades.

Tenho pensado muito sobre profissões. Tenho quase certeza do que quero, mas não certeza de fato.

O tempo tem corrido, e muito.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

O mundo sofre, e eu sofro com ele. O mundo é pequeno, e eu sou pequeno com ele. O mundo diz adeus, assim como eu.
Todos sorriem, todos parecem felizes, assim sou eu, aparentemente feliz, singelamente sorridente; absurdamente escandaloso, duvidoso, ambíguo, unilateral, plurilateral, contraditório, feliz, alegre, deprimente, contente, cheio, vazio, superficial, falso, puro, verdadeiro, corrompido, polêmico, insosso, confiável, infeliz, insano, nostálgico, saudosista, visionário, incompreendido, extasiado, religioso, limpo, sujo, bonito, ateu, interessado, pobre, rico, feio, esperançoso, derrotado, derrotista, derrotante, violento, magro, anoréxico, absurdo, nojento, desprezível, admirável, gordo, muito gordo, arrependido, amargurado, novamente gordo, angustiado.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

A Incrível Madonna


Madonna é a estrategista mais fantástica que o mundo já conheceu no mundo da Música, sem sombra de dúvidas. A cantora em questão sempre teve a habilidade de definir exatamente as tendências mundiais para o que virá a ser 'moda' - é só dar uma olhada em todos em seus trabalhos, e com a exceção de American Life, todos seus álbuns foram muito bem aceitos - e digamos - vendidos.
Parece estranho ver que Madonna começou há 25 anos - numa época em que todos usavam a calça praticamente no peito e a fixação pelo brega era assustadora.. Hoje, ela continua em plena forma (ok, um tanto discutível) e tão versátil quanto.. sempre.

O termo "artista" gera um pouco de polêmica. Até que ponto uma pessoa dessa classificação pode continuar nesse patamar sem perder sua verdadeira originalidade e se render ao mundo comercial? Será que um verdadeiro artista é aquele que segue aquilo que tem vontade e onde tem talento a carreira inteira, mesmo que o mundo siga um estilo completamente diferente? Ou será um artista aquele que se reinventa sempre, seguindo os estilos sem perder sua marca e fazendo músicas de fácil assimilação? Ou será que isso não rende uma falta de personalidade?

Sem colocar a minha opinião a respeito, a verdade é que se a versatilidade é um marco essencial para a carreira de um artista, Madonna com certeza é um gênio nesse quesito.

Hard Candy é o seu 11º álbum, completamente diferente de seu anterior, Confessions. Dessa vez, ela opta por uma batida à la hip-hop, sons metálicos e convidados badaladíssimos.


Acho que todos os fãs sentem falta da Madonna puta de seus tempos áureos. Aquela que chocou com seu filme de sadomasoquismo, seu álbum sugestivo (Erotica), livros de fetiche, e condenação do Vaticano. No entanto, isso tudo só teve graça nas décadas 80/90, quando a música não falava basicamente daquilo que todos falam hoje.

Mas a mocinha cresceu, casou, teve filhos, e não faz mais sentido cantar Like a Virgin.


Hard Candy é a resposta ao mundo da Música. É como se ela falasse "Olha, vendi muito com meu último cd, e com um estilo que já se dizia 'morto'. Agora posso mostrar para vocês que consigo fazer hip-hop e vender tanto quanto antes".

E ela está certíssima, esperemos apenas os números.


Bom, não vou estender-me muito senão vou fazer uma postagem enorme e nada objetiva.. mas fica aqui a nota. Madonna tem algumas falhas sim, desde voz à declarações pessoais. Fez trabalhos duvidosos, e andou sumida por um tempo.


No entanto, esse Hard Candy vai dividir opiniões entre fãs e não-fãs, pela ousadia e pela mudança. E garanto que foi proposital lançar dois cd's tão extremistas em um intervalo de tempo tão curto.

Recomendo.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Previsões~

Frio, Chuva & Guerra no Leme. Eis a previsão para o feriado.